• Alfândegas

    Mate, asado (churrasco) e futebol marcam o ritmo cotidiano dos uruguaios. Os turistas não poderão evitar alguns costumes durante sua estada no país.

    Beber mate

    O mate é uma infusão cujo consumo é herdado dos índios guaranis. Não é apenas no Uruguai que as pessoas tomam mate, embora seja o país com a maior proporção de pessoas que o bebem. O mate também é consumido no Paraguai, na Argentina, no sul do Brasil e em alguns lugares do Chile e da Bolívia.

    Mate vem da palavra quíchua “Mati” – calabaza – que é o recipiente no qual a erva-mate é despejada, cujo nome científico é Illex paraguayensi. A erva-mate é estimulante devido ao componente “mateina”. Ao mesmo tempo, o alto consumo de água tem ação purificadora, e sua ação antioxidante é benéfica para o organismo. Uma bombilla é colocada dentro da erva, através da qual a infusão é sorvida. O mate é o portador do simbolismo social mais característico dessa sociedade, em torno do qual se tecem cumplicidades, confissões, amizade e o sentimento de igualdade entre os que o compartilham.

    O antropólogo Daniel Vidart afirma que “o mate é uma tradição que supera os costumes isolacionistas do crioulo e iguala as classes sociais… e, ao longo dos tempos, foi o mate que fez a roda de amigos, e não a roda que trouxe o mate”. No mundo, os uruguaios são facilmente reconhecidos porque, aonde quer que vão, carregam uma garrafa térmica com água quente debaixo do braço e o popular mate na mão.

    Subir ao palco no carnaval

    No passado, nos bairros, os “tablados” eram montados nas ruas – especialmente em Montevidéu – assim que chegava o Carnaval. Era tradição que os vizinhos tirassem suas cadeiras de casa para assistir aos diferentes espetáculos que os murgas, parodistas, comediantes ou comparsas apresentavam. Atualmente, esses shows de bairro foram levados para grandes espaços abertos e assumiram um caráter mais profissional, acompanhados por um grande público.

    Fazer um churrasco

    O asado não cumpre apenas uma função gastronômica, mas também uma função gregária. “Reunir-se para comer um asado é uma proposta de reunião, de amizade, de vamos nos divertir. É muito comum no Uruguai que cada casa tenha sua própria churrasqueira e até mesmo os edifícios são projetados com áreas comuns que a incluem. A carne, a fonte básica de proteína dos uruguaios e a principal fonte de moeda estrangeira em nosso país, também é um fato de alto conteúdo social.

    Jogar futebol

    O futebol é o esporte mais popular no Uruguai. Dois campeonatos mundiais e dois campeonatos olímpicos de sua seleção nacional, além de algumas conquistas continentais e mundiais de seus times, fizeram com que o futebol fosse vivido com uma intensidade incomum em nosso país. Mas o uruguaio, sendo um público e um torcedor de futebol, é acima de tudo um jogador de futebol. Toda criança já jogou em times infantis e todo lugar, todo espaço aberto é um lugar para “jogar bola”. Além disso, o Uruguai é o único país do mundo que tem sinalização urbana que diz aos veículos para dirigir com cuidado porque pode haver crianças jogando futebol na rua.

    Acampamento durante uma semana de turismo

    Desde a separação do Estado e da Igreja, a Semana Santa adquiriu pelo menos dois outros nomes: Semana de Turismo e Semana Criolla. A Semana de Turismo corresponde a uma tradição de acampamento que alterna a pesca e a caça frequentemente controlada com férias no interior do país, especialmente nos banhos termais da costa uruguaia. Essa tradição atrai todas as idades.

    Ao mesmo tempo, a “Semana Criolla” (Semana Crioula) dá nome às atividades e aos entretenimentos tradicionalmente ligados ao campo que são trazidos para a cidade. A doma de potros é o espetáculo por excelência, acompanhado de festivais de folclore. Além das muitas atividades que ocorrem em todo o país, uma de suas maiores expressões está no bairro de El Prado, em Montevidéu, nos terrenos da Associação Rural.

    Acampamento durante uma semana de turismo

    Não se sabe por que a chuva está associada ao bolo frito. É provável que, na tradição do campo, a impossibilidade de trabalhar ao ar livre em dias chuvosos os tenha levado à cozinha e, uma vez lá, à mais simples das coisas: misturar farinha, gordura, água morna e sal. Amassar e fritar. Experimente no próximo dia chuvoso.

  • O Gaúcho

    Hoje, os descendentes do arquétipo original, peões, capatazes e encarregados de fazendas e ranchos, troperos ou reseros, tamadores e cantores camponeses, guardam os valores mais cativantes do gaúcho: coragem, habilidades no campo, cavalgadas, hospitalidade franca e gentileza altiva.

    A figura

    No Uruguai, o gaúcho é uma figura importante no folclore nacional, pois simboliza a liberdade e a individualidade. As representações poéticas do gaúcho o descrevem como o ideal de bravura e independência. Mas além da forma como é apresentado na música, na literatura e na pintura, esse personagem constitui um símbolo importante na cultura uruguaia.

    Ele é o homem do campo que trabalha principalmente com o pastoreio de gado. Em sua imagem estereotipada, está sempre acompanhado de um cavalo, que, além de servir como meio de transporte, é um dos poucos bens materiais associados ao modo de vida gaúcho.

    www.aru.com.uy

  • Mate

    O mate é um companheiro inseparável dos uruguaios e um gesto caloroso de boas-vindas para os recém-chegados. A infusão de erva-mate é estimulante.

    O mate é uma bebida resultante da infusão de erva-mate (folhas desidratadas e moídas de Illex paraguayensis) e é um dos elementos culturais mais típicos e tradicionais da sociedade uruguaia.

    O costume de usar a “garrafa térmica” e o abandono da “caldera” para preparar a infusão é uma iniciativa uruguaia que liberou o mate para fora de casa. Dessa forma e até hoje, o mate é bebido nos mais diversos espaços públicos, fato que caracteriza uma das imagens mais típicas e cotidianas de nossa sociedade.

    Certamente, se você já conheceu um uruguaio fora destas fronteiras, já o viu acompanhado de sua “garrafa térmica e seu mate”, companheiros inseparáveis, independentemente da época do ano.

    História

    A origem dessa bebida remonta aos tempos pré-hispânicos da cultura guarani, mas desde o século XVII, enquanto na Europa o costume de tomar chá se impôs, aqui na América do Sul e especificamente no Uruguai, o hábito de tomar mate se espalhou. Inicialmente, o mate se tornou um companheiro inseparável do homem do campo.

    Cimarrão, amargo, verde, era seu fiel amigo em suas jornadas pelos campos, nos momentos de solidão e também nos momentos de alegria. Com o passar dos anos, conquistou seu lugar na cidade, e hoje beber mate é uma prática comum em todo o Uruguai, bem como na Argentina, no Paraguai e no sul do Brasil.

    Utilização

    Dependendo do lugar, do momento ou de com quem você toma o mate, ele adquire diferentes significados. Pode ser um alimento ou apenas o companheiro de horas ociosas. Acompanha estudantes, grupos de amigos, familiares, colegas de trabalho. É um elemento de comunhão e o símbolo de boas-vindas para aqueles que são recebidos com um “mate calentito” na porta de casa.

    O mate é geralmente bebido de forma compartilhada, e o mesmo recipiente e a mesma bombilla são sempre usados, passando de uma pessoa para outra. Esse fato é o que o distingue notavelmente da maneira como outras infusões, como chá ou café, são compartilhadas.

    Propriedades

    A erva-mate tem substâncias de alto valor nutricional, como a vitamina A. A composição particular da erva-mate, especialmente seu teor de cafeína, torna a infusão uma bebida muito estimulante e tônica. Ela também atua como diurético e vasodilatador.

  • Festas tradicionais

    Cantorias, payadas, jineteadas, fogueiras e habilidades rurais são os protagonistas de centenas de festividades tradicionais ao longo do ano. Nós o convidamos a descobri-las.
    Cantorias, payadas, jineteadas, fogones e destrezas camperas são protagonistas de centenas de festas tradicionais ao longo do ano. Nós o convidamos a descobri-las.
    As tradições rurais mais representativas do país são expressas em diferentes festivais e celebrações realizadas ao longo do ano em todo o território uruguaio. Um exemplo claro disso é a Fiesta de la Patria Gaucha em Tacuarembó, a Semana Criolla del Prado em Montevidéu e o Parque Roosevelt em Canelones, entre muitos outros. Canto, música, payadas, jineteadas, fogueiras, demonstrações de habilidades rurais geralmente convergem nessas festividades que constituem uma marca típica da identidade uruguaia que não pode ser perdida.
    O folclore uruguaio apresenta diferentes manifestações e ritmos, como a Vidalita, a Milonga, a Payada e o Pericón, sempre acompanhados pelo violão. Esse instrumento musical, introduzido durante o período de dominação espanhola, é inseparável de todo cancioneiro crioulo e da expressão gaúcha. Da mesma forma, o acordeão enriqueceu a música do nosso folclore com sua cadência graciosa.

  • Tango

    O tango é uma das expressões culturais mais genuínas e originais do Rio da Prata. Nascido da fusão de tradições musicais de origem africana com ritmos e instrumentos europeus e crioulos, é uma testemunha fiel da história cultural da região.

    O tango é uma das expressões culturais mais genuínas e originais do Rio da Prata. Nascido da fusão de tradições musicais de origem africana com ritmos e instrumentos europeus e crioulos, é uma testemunha fiel da história cultural da região.

    A gestação do tango ocorreu tanto em Buenos Aires quanto em Montevidéu. Um exemplo tangível é a obra “La Morocha”, composta em Buenos Aires em 1905 pelo uruguaio Enrique Saborido, e “Mi Noche Triste”, escrita em Montevidéu pelo argentino Pascual Contursi em 1916.

    O tango foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em setembro de 2009.

    Essa música, que surgiu no final do século XIX nas favelas de Montevidéu e Buenos Aires, percorreu um longo caminho. Hoje o tango é dançado em todo o mundo e são realizadas competições internacionais. Quando falamos de tango, nos referimos ao mesmo tempo à dança, à música e ao próprio gênero musical. Trata-se, portanto, de uma expressão puramente urbana e uma das manifestações culturais mais genuínas e originais do Rio da Prata.

    A dança

    O tango nasceu como uma dança popular com acompanhamento musical. Mais tarde, a música e as letras se tornaram seus protagonistas, mas isso não significou o abandono da coreografia original de sua dança, basicamente composta pelo abraço do casal com passos muito sensuais e complexos.

    Letra de música

    A partir do surgimento da orquestra, a letra ou o tango como música começou a ter um boom notável, com criações de alto valor poético, especialmente as escritas na década de 1940. Quanto ao estilo, poderíamos agrupar as letras em cômicas, dramáticas, humorísticas ou líricas. As canções falam de sentimentos amorosos, temas camponeses, urbanos, sociais, satíricos e até filosóficos.

    A grande diversidade da linguagem usada nas canções mostra a influência de diferentes tradições culturais e também um fenômeno cultural proveniente de camadas baixas que gradualmente cativou entusiastas de todas as classes sociais.

    Música

    Em seus primórdios, o tango era tocado apenas com flauta, violão e violino. Com o passar do tempo e a consolidação do gênero, o “sexteto” ou “orquestra típica” parece se tornar a forma clássica de interpretação do tango. O “sexteto” é composto por piano, dois bandônios, dois violinos e contrabaixo.

    A orquestra também pode ser composta por mais instrumentos. A introdução do bandônio não ocorreu até o início do século XX, mas ele se tornou um elemento essencial.

    Nem uruguaio nem argentino: Rioplatense

    De fato, o tango é um produto autenticamente rioplatense e filho da miscigenação. Ambos os países, Uruguai e Argentina, que na segunda metade do século XIX, quando estávamos separados por apenas algumas dezenas de anos por termos feito parte do mesmo vice-reinado, receberam mais imigração do que o número de habitantes nascidos no local. O tango é um resultado autêntico dessa situação em ambas as margens do Rio da Prata. Por isso, foi inscrito por ambos os países na Lista do Patrimônio Imaterial da Humanidade e confirmado pela Unesco em 2009.

    Sensual e urbano

    O tango é tipicamente urbano e sua forma de dançar é reconhecida em todo o mundo por sua sensualidade. A internacionalização do tango, que em princípio foi o resultado das viagens de músicos rioplatenses pelo mundo, instalou variantes do tango em diferentes países do mundo, como é o caso da Finlândia, que contribuiu com sua própria versão com uma forma de tango com tons menores e onde Seinajöki é considerada a terceira cidade do tango, depois de Montevidéu e Buenos Aires.

    “La Cumparsita”: do Uruguai para o mundo

    Esse tango, que foi trilha sonora de inúmeros filmes, foi apresentado pela primeira vez em uma esquina de Montevidéu por Gerardo Mattos Rodríguez. Sem dúvida, é o tango mais conhecido e interpretado do mundo. Mas o Uruguai registrou 17.000 tangos e produziu centenas de poetas, músicos e dançarinos que escreveram, criaram e apresentaram, em ambos os lados do Rio da Prata, peças que viajaram pelo mundo.

  • Teatro

    O teatro uruguaio é um dos mais importantes da América Latina. Com mais de 70 salas em funcionamento, a cartela é bastante extensa e variada, com espetáculos clássicos e modernos para os mais diversos gostos.

    O teatro uruguaio é um dos mais importantes da América Latina. Com mais de 70 teatros em funcionamento, o cartaz é impressionantemente extenso e variado, com espetáculos clássicos e modernos para os gostos mais diversos.

    O Teatro Solís, inaugurado em 1856, modernizado em 1998 e reinaugurado em 2005, é um dos edifícios emblemáticos da cidade de Montevidéu e, particularmente, da Ciudad Vieja (Cidade Velha). Quanto à atividade estritamente teatral, é o cenário das mais variadas representações da Comédia Nacional, dependente da Intendência Departamental de Montevidéu.
    A criação da Comedia foi um passo adiante na profissionalização do teatro uruguaio na época em que se buscava criar um espaço de programação para os autores nacionais.
    A Comedia Nacional apresentou seu primeiro espetáculo em 2 de outubro de 1947, “El león ciego” (O leão cego), do uruguaio Ernesto Herrera. Em 1949, a relevante atriz catalã Margarita Xirgu foi nomeada diretora artística e diretora da Escola Municipal de Arte Dramática. A direção de Xirgu impôs uma forma muito particular de expressar o teatro clássico.
    Além do prestígio da Comedia Nacional, o teatro uruguaio foi nutrido durante o século XX por um teatro independente vigoroso e fermentado que continua a ser uma polia cultural, criativa e social de interesses uruguaios e universais.
    A Federación Uruguaya de Teatros Independientes (FUTI) é uma entidade que reúne cerca de vinte grupos teatrais de Montevidéu, caracterizados por seu compromisso com a atividade artística e com os problemas sociais dos habitantes do país. Entre as instituições com a trajetória mais longa, citamos: Teatro Italia Fausta (Complexo Cultural Teatro Anglo), Teatro La Gaviota (Teatro Stella, Mercedes e Tristán Narvaja), Institución Teatral El Galpón (18 de Julio 1618), Teatro La Candela (entrada do Shopping Punta Carretas), Espacio Teatro (Mercedes 865), Teatro Victoria (Río Negro 1479).
    A Asociación de Teatros del Interior (ATI) concentra os principais grupos do interior do país.

    Plateia do Teatro Solís

    Estágio Solis

    Fachada do Solís

    Luminária Solis

  • Gastronomia

    A grelha é, por excelência, um dos cardápios mais destacados da dieta uruguaia. Degustá-lo com uma taça de vinho Tannat é uma experiência imperdível.

    A grelha é, por excelência, um dos cardápios mais destacados da dieta uruguaia. Degustá-lo com uma taça de vinho Tannat é uma experiência imperdível.

    Com reconhecimento internacional, o grill é, por excelência, um dos cardápios mais destacados da dieta uruguaia. Consiste em diferentes tipos de carne grelhados na “parrilla”, um dispositivo construído em ferro e utilizado para esse fim. O segredo desse antigo método de cozimento é que ele permite concentrar os sucos dos alimentos e, assim, preservar seus sabores característicos.

    Os vinhos uruguaios são ideais para acompanhar essas carnes requintadas. Entre os que têm um excelente posicionamento internacional, destacam-se os elaborados com a variedade de uva Tannat, definidos como intensos, potentes, sérios e austeros. Essa variedade de uva, originária do sudoeste da França, foi introduzida em meados do século XIX, e seu cultivo foi tão bem-sucedido que o Uruguai se tornou o maior produtor mundial dessa variedade.

    O setor de laticínios é altamente desenvolvido no país, com produtos de excelente qualidade, destacando-se uma iguaria muito apreciada: o doce de leite. Esse doce, muito apreciado por crianças e adultos, é usado em uma grande variedade de sobremesas e outras delícias para o paladar, o que o torna o protagonista indiscutível da confeitaria uruguaia. O estrangeiro que teve a oportunidade de prová-lo certamente jamais esquecerá seu sabor requintado, sua consistência cremosa, seu brilho e sua cor característica que o tornam único no mundo, diferenciando-o muito de seus similares produzidos em outros países.

  • Música

    Terra do candombe, da murga e do tango, o Uruguai é sinônimo de fusão musical e berço de centenas de músicos de renome internacional.

    A criação musical tem uma história muito longa que, no caso do candombe, pode ser rastreada até o século XVIII, embora, como apontado no Primer Catálogo de Música Uruguaya, o historiador e musicólogo Lauro Ayestarán também tenha conseguido rastrear as origens indígenas da produção musical uruguaia.

    A história do país em geral e sua cultura musical em particular são marcadas pela imigração europeia que chegou em ondas sucessivas entre a segunda metade do século XIX e a década de 1950. A maioria dos imigrantes era espanhola (galegos, bascos, catalães e canários), seguida de perto por italianos e um número significativo de franceses, alemães, armênios, portugueses, britânicos, suíços, russos e poloneses, entre outros. Esse caldeirão de culturas se refletiu na música e, a partir dessas influências, foram desenvolvidos estilos típicos dessas terras, como o candombe, o tango, a milonga, a murga e uma diversidade de fusões musicais que são produzidas, ouvidas e compõem a riqueza da oferta musical do Uruguai.

    Convidamos você a baixar o Catálogo Música de Uruguay Vol. 2, que detalha o trabalho de 140 artistas nacionais contemporâneos de relevância em atividade, divididos em vários gêneros: candombe; clássico/contemporâneo; eletrônico/hip hop; infantil; jazz fusion; popular/canção de compositor; popular/murga e canção de murga; raízes folclóricas; rock/pop, tango e tropical uruguaio.

  • Futebol

    O futebol é a paixão de nosso povo. Para o Uruguai, devido às suas próprias dimensões, cada triunfo esportivo internacional é quase uma conquista. Ao longo de sua história, ocupou pódios olímpicos no ciclismo, boxe, basquete, futebol e remo. Também o fez em outras modalidades em competições continentais. Entretanto, o sucesso e a paixão deram ao futebol um significado maior do que o próprio esporte. O futebol é assistido, mas, acima de tudo, é jogado.

    É comum que os uruguaios digam que o país tem o mesmo número de diretores técnicos que de habitantes. Isso expressa o quanto o futebol nos representa. É provável que cada campeonato mundial ou os campeonatos olímpicos conquistados há muito tempo tenham contribuído para nosso senso de nação. Os símiles dos termos futebolísticos são usados por toda a sociedade, mesmo em atos oficiais.

    O futebol é a paixão de nosso povo. Para o Uruguai, devido às suas próprias dimensões, cada triunfo esportivo internacional é quase uma conquista. Ao longo de sua história, ocupou pódios olímpicos no ciclismo, boxe, basquete, futebol e remo. Também o fez em outras modalidades em competições continentais. Entretanto, o sucesso e a paixão deram ao futebol um significado maior do que o do próprio esporte.

    O futebol pode ser assistido, mas, acima de tudo, é jogado. É comum que os uruguaios digam que o país tem o mesmo número de diretores técnicos que de habitantes. Isso expressa até que ponto o futebol nos representa. É provável que cada campeonato mundial ou os campeonatos olímpicos conquistados há muito tempo tenham contribuído para nosso senso de nação. Os símiles dos termos futebolísticos são usados por toda a sociedade, mesmo em atos oficiais.

    Desde seus primórdios, a equipe nacional alcançou a glória. Os títulos obtidos nas Olimpíadas de 1924 e 1928, e nos Campeonatos Mundiais de 1930 e 1950, foram grandes momentos que marcaram a vasta história do futebol uruguaio. Além disso, somam-se a isso as conquistas dos clubes Peñarol e Nacional, as duas equipes mais populares da nossa liga. Os amantes do esporte não podem deixar de visitar o Museu do Futebol, onde uma infinidade de objetos relembra as façanhas azul-celeste de todos os tempos.

    Links de interesse


  • Carnaval

    O carnaval uruguaio é o carnaval mais longo do mundo. Começa no final de janeiro e vai até meados de março. Durante mais de 50 dias, em desfiles de rua e palcos de bairro, são apresentados espetáculos coloridos e alegres.

    O pontapé inicial em Montevidéu é o Desfile Inaugural na Avenida 18 de Julio, no qual participam todos os grupos envolvidos nas festividades, acompanhados por carros alegóricos e pelo desfile das Rainhas do Carnaval. No entanto, o desfile que desperta mais interesse entre os estrangeiros, devido à sua singularidade, é o Desfile de LLamadas, que acontece nos bairros do Sul e de Palermo, evocando os encontros dos escravos negros que se reuniam fora da cidade durante os séculos XVIII e XIX.

    Dezenas de milhares de espectadores vibram com a força e a cor do candombe, caracterizado pelo diálogo de três tipos de tambores: chico, repique e piano. O espetáculo é emocionante; em nenhum outro lugar do mundo é possível ouvir mais de 2.000 tambores batendo em uníssono. Deixar-se levar por esse ritmo, declarado Patrimônio da Humanidade, é uma obrigação para os visitantes. Assim como descobrir a murga, uma das expressões mais genuínas da cultura uruguaia devido ao seu apoio popular. Nas noites quentes de fevereiro, esses grupos carnavalescos se apresentam em palcos de bairro, os “tablados”, e competem no Concurso Oficial de Carnaval, onde apresentam sua visão do país e do mundo com humor e sátira, usando vários arranjos de coral, fantasias chamativas e maquiagem criativa.

    Parodistas, Revistas, Humoristas e Lubolos são algumas das outras expressões coloridas que podem ser apreciadas no concurso e nos palcos de Montevidéu. Além de Montevidéu, todas as cidades do interior do país têm seu próprio desfile inaugural, cada uma com suas particularidades. Assim, nas cidades fronteiriças, como Rivera, Artigas e Melo, os desfiles adotam mais elementos do carnaval brasileiro.

  • Cinema

    Nos últimos 25 anos, o cinema uruguaio alcançou um nível extraordinário com filmes como Whisky e El baño del Papa, que ganharam prêmios em festivais de todo o mundo.

    Nos últimos 25 anos, o cinema uruguaio atingiu um nível extraordinário com filmes como Whisky e El baño del Papa, que ganharam prêmios em festivais de todo o mundo.

    O cinema uruguaio tem mais de um século de história. Embora a invenção de Louis Lumière tenha chegado cedo ao país – já em 1898 o país teve seu primeiro filme documentário, Carrera de bicicletas en el velódromo de Arroyo Seco, de Félix Oliver – os primeiros cem anos foram marcados por recursos escassos e projetos intermitentes.

    No entanto, nos últimos 25 anos, o cinema uruguaio atingiu um nível extraordinário, tanto em termos de produções nacionais que se destacam nos mais diversos festivais do mundo quanto nos serviços de produção oferecidos no país a produções estrangeiras em áreas como publicidade, documentários e longas-metragens.

    O longa-metragem 25 Watts (2001) foi um grande impulso para a autoestima do cinema nacional após receber 10 prêmios internacionais, incluindo Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Roterdã e Melhor Primeiro Filme no Festival de Cinema de Havana. Desde então, todos os anos, os filmes uruguaios têm recebido prêmios em festivais de cinema em todo o mundo.


    Uma leitura interessante para aqueles que querem aprender sobre a evolução da produção cinematográfica uruguaia nas últimas décadas são os catálogos preparados pela Uruguay Film Commission & Promotion Office, que resumem as principais produções de ficção e documentário. Há também um dedicado especificamente à promoção dos excelentes locais de filmagem do Uruguai.

    Links de interesse


  • Murga

    A murga uruguaia é única e, nas últimas décadas, tornou-se uma manifestação cultural que reúne seguidores em todo o mundo.

    A murga é uma das maiores expressões da cultura uruguaia devido ao seu apoio popular. Embora uma de suas origens seja identificada como Cádiz (especialmente desde 1908), ela passou por inúmeras transformações desde o final do século XIX.


    As murgas sempre apresentaram uma grande variedade de ritmos musicais, entre eles a “marcha camión”, na qual se identificam os ritmos de percussão do candombe. Em termos de trajes e maquiagem, há ligações com outras expressões artísticas europeias.


    A murga uruguaia é composta atualmente por 17 membros: um diretor de palco e coral, 13 membros do coro ou “cuerda de voces”, divididos de acordo com o tom de voz, e 3 membros que compõem a “batería”, composta por pratos, bumbo e redoblante.


    Nas últimas décadas, sua integração tem sido mista. As chamadas “murgas jovens” revitalizaram a encenação e o movimento de palco, assim como em outras épocas havia murgas que marcavam as inovações nos espetáculos de cada momento histórico.


    As apresentações das “murgas” que percorrem palcos, “tablados”, públicos e privados, tanto em Montevidéu quanto no interior do país, levam ao palco As apresentações das murgas que percorrem palcos, “tablados”, públicos e privados, tanto em Montevidéu quanto no interior do país, levam ao palco letras com humor, sátira e crítica da atualidade, fazendo uso de múltiplos arranjos corais, figurinos marcantes e maquiagem criativa.


    O carnaval nasce nos bairros e a maioria deles tem uma murga para incentivar, apoiar ou acompanhar, seja nos desfiles ou nas competições oficiais, que contam com júris de qualificação que concedem prêmios e menções.


    Os ensaios são abertos ao público, permitindo que famílias inteiras memorizem e cantem seus repertórios. É, sem dúvida, uma das expressões mais populares da cultura.


    Em Montevidéu, você pode visitar o Museu do Carnaval durante todo o ano. Ele exibe a memória desse festival, parte da história nacional. Milhares de visitantes que vieram ao país fora da época do carnaval conseguiram captar a sedução do carnaval uruguaio em suas salas, e decidiram vir para desfrutá-lo e compartilhá-lo com os carnavalescos como anfitriões.

  • Candomblé

    Reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade, o candomblé seduz os visitantes com o som peculiar de seus três tambores: chico, repique e piano. No Desfile de Llamadas, mais de 2.000 tambores soam em uníssono ao longo do percurso. Isso não pode ser apreciado em nenhum outro momento ou lugar do mundo.

    Reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade, o candomblé seduz os visitantes com o som peculiar de seus três tambores: chico, repique e piano. No Desfile das Llamadas, mais de 2.000 tambores soam em uníssono ao longo do percurso. Isso não pode ser apreciado em nenhum outro momento ou lugar do mundo.

    Maniquies con vestimenta de comparsas

    As Sociedades de Negros e Lubolos ou Comparsas de Candombe são herdeiras de uma tradição enraizada nas chamadas “Salas de Nación” da era colonial. Os africanos trazidos como escravos conseguiram transmitir heranças e valores de sua rica cultura e, nesse processo, deram origem ao “tambor”.

    Os tambores constituem a essência da comparsa. O ritmo do Candombe vem da chamada cuerda, um grupo formado por três tipos de tambores: piano, repique e chico. O tambor é tocado batendo-se na lonja com a mão aberta e com uma vara que também pode bater na madeira; é pendurado no ombro por meio de uma alça para que se possa marchar enquanto se toca.

    Em frente ao conjunto de tambores, cujo número pode ultrapassar setenta artistas, o restante da comparsa se apresenta com seus trajes típicos.

    O desfile das Llamadas leva o nome de “o chamado do tambor”, que os afrodescendentes costumavam reunir “fora dos muros” e, desde o final do século XIX, em algumas habitações coletivas chamadas conventillos, em bairros ou áreas de Montevidéu.

    A marcha de cada grupo começa com um estandarte, simbolizando o emblema da tribo ou do grupo étnico; outros elementos significativos são os crescentes e as estrelas, aos quais são acrescentadas bandeiras gigantes.

    Em seguida, são colocados o grupo de dança e os personagens ancestrais. O Gramillero representa o feiticeiro da tribo; ele está vestido com paletó, cartola, bengala, óculos e barba branca e carrega uma maleta com ervas com propriedades curativas. Ele é acompanhado pela Mama Vieja, em trajes coloridos, com leque e guarda-sol, que dança lentamente flertando com o Gramillero. Originalmente, o Escobero guiava os tambores durante o desfile com uma bengala; hoje ele dança com uma pequena vassoura, dando movimento ao ritmo dos tambores. As vedetes marcantes acrescentam sensualidade a essas danças, evocando rituais, dançando em frente à corda.

Ministério do Turismo

Rambla 25 de agosto de 1825 esq. Yacaré

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