• Tango

    O tango é uma das expressões culturais mais genuínas e originais do Rio da Prata. Nascido da fusão de tradições musicais de origem africana com ritmos e instrumentos europeus e crioulos, é uma testemunha fiel da história cultural da região.
    A gestação do tango ocorreu tanto em Buenos Aires quanto em Montevidéu. Um exemplo tangível é a obra “La Morocha”, composta em Buenos Aires em 1905 pelo uruguaio Enrique Saborido, e “Mi Noche Triste”, escrita em Montevidéu pelo argentino Pascual Contursi em 1916.
    O tango foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em setembro de 2009.
    Essa música, que surgiu no final do século XIX nas favelas de Montevidéu e Buenos Aires, percorreu um longo caminho. Hoje o tango é dançado em todo o mundo, e também são realizadas competições internacionais. Quando falamos de tango, nos referimos à dança, à música e ao próprio gênero musical. Trata-se, portanto, de uma expressão puramente urbana e uma das manifestações culturais mais genuínas e originais do Rio da Prata.

  • O Baile

    O tango nasceu como uma dança popular com acompanhamento musical. Mais tarde, a música e as letras se tornaram seus protagonistas, mas isso não significou o abandono da coreografia original de sua dança, basicamente composta pelo abraço do casal com passos muito sensuais e complexos.

  • As letras

    A partir do surgimento da orquestra, as letras ou o tango como música começaram a crescer, com criações de alto valor poético, especialmente as escritas na década de 1940. Em termos de estilo, poderíamos agrupar as letras em cômicas, dramáticas, humorísticas ou líricas. As canções falam de sentimentos amorosos, temas camponeses, urbanos, sociais, satíricos e até filosóficos. A grande diversidade da linguagem usada nas músicas mostra a influência de diferentes tradições culturais e também um fenômeno cultural proveniente das camadas mais baixas, que gradualmente cativou entusiastas de todas as classes sociais.

  • Música

    Em seus primórdios, o tango era tocado apenas com flauta, violão e violino. Com o passar do tempo e a consolidação do gênero, o “sexteto” ou “orquesta típica” parece se tornar a forma clássica de apresentação do tango. O “sexteto” é composto por piano, dois bandônios, dois violinos e contrabaixo. A orquestra também pode ser composta por mais instrumentos. A introdução do bandônio não ocorreu até o início do século XX, mas ele se tornou um elemento essencial.

  • Nem uruguaio, nem argentino: Rioplatense

    De fato, o tango é um produto autenticamente rioplatense e filho da miscigenação. Ambos os países, Uruguai e Argentina, que na segunda metade do século XIX, quando estávamos separados por apenas algumas dezenas de anos e fazíamos parte do mesmo vice-reinado, receberam mais imigração do que o número de habitantes nascidos neles. O tango é um resultado autêntico dessa situação em ambas as margens do Rio da Prata. E, como tal, foi submetido por ambos os países à Lista do Patrimônio Imaterial da Humanidade e confirmado pela Unesco em 2009.

  • Sensual e urbano

    O tango é tipicamente urbano e a forma como é dançado é reconhecida em todo o mundo por sua sensualidade. A internacionalização do tango, inicialmente provocada pelas viagens de músicos da região do Rio da Prata ao redor do mundo, levou variantes do tango a diferentes países do mundo, como a Finlândia, que trouxe sua própria versão com uma forma de tango com tons menores, e onde Seinajöki é considerada a terceira cidade do tango, depois de Montevidéu e Buenos Aires.

  • “La Cumparsita”: do Uruguai para o mundo

    Esse tango, que foi a trilha sonora de inúmeros filmes, foi apresentado pela primeira vez em uma esquina de Montevidéu por Gerardo Mattos Rodríguez. Sem dúvida, é o tango mais conhecido e mais executado no mundo. Mas o Uruguai registrou 17.000 tangos e produziu centenas de poetas, músicos e dançarinos que escreveram, criaram e apresentaram peças em ambos os lados do Rio da Prata que viajaram pelo mundo.

Ministério do Turismo

Rambla 25 de agosto de 1825 esq. Yacaré

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